Lendo e ouvindo varias considerações sobre a prática da Ceia, me parece que esta é uma das questões mais comentadas entre os manos que optam por caminhar nas trilhas do evangelho simples. Diante disso, apresento algumas questões para a nossa reflexão e debate:
1. A meu ver, Jesus não instituiu nenhum tipo de cerimonial religioso. Ele apenas partiu o pão e compartilhou com os discípulos, afirmando ser símbolo do seu corpo. Do mesmo modo tomou o cálice (vinho), dizendo ser símbolo do seu sangue.
2. Eles estava num ambiente informal (casa), assentados a mesa participando de uma refeição normal. Durante esta refeição ele tomou o pão e o vinho, de modo simples e natural, e assim compartilhou com seus discípulos. Sem fazer nenhum ritual.
3. O pão e o vinho eram elementos comuns em qualquer refeição judaica. Alimentos comuns e conhecidos de todos. O pão e o vinho compartilhados já estavam sobre a mesa. Isto significa que não foram especialmente preparados para uma cerimônia, pois faziam parte da refeição (Temos aqui também o exemplo de 1 Co 11.17-34).
4. Jesus apenas disse que sempre que eles comessem (o pão) e bebessem (vinho), deveriam fazê-lo em sua memória (relembrando sua morte).
5. Ele não estabeleceu dias para o partir do pão, nem quantas vezes na semana ou no mês. Apenas disse quem quando fizessem, deveriam fazê-lo em sua memória.
6. Ele também não disse que tipo de pão deveria ser usado, nem se era vinho ou suco de uva.
7. Em nenhum lugar das Escrituras encontramos algum tipo de formatação religiosa para a prática da Ceia.
* Penso que o que não podemos deixar de fazer é trazer a memória a morte de Cristo e seu significado para a nossa salvação. O demais: como fazer e quando fazer, cada igreja deve administrar conforme achar melhor.
* Ritualizar ou mistificar a Ceia, me parece vesti-la daquilo que Jesus não imaginou na sua caminhada com os discípulos.
* Me parece que ritualismo não combina com a proposta de uma caminhada simples no Evangelho de Jesus Cristo.
Riva
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